Em 1980, o programa de pesquisa contava com oito projetos, integrados em duas linhas: relações internacionais e estudos africanos. Ênfase nas relações do Brasil com África e seu impacto na sociedade brasileira e na população negra. Eis os projetos:
Laboratório de Pesquisas sobre Desigualdades Raciais no Brasil
Segundo informações disponíveis na Revista n. 23, de dezembro de 1992, o laboratório era um “programa de treinamento de pesquisadores [que] objetivou fazer um diagnóstico do desempenho socioeconômico dos grupos raciais por ocasião do centenário da Abolição”, utilizando, como principal indicador para as análises, “sobretudo os dados da PNAD de 1987 que foram publicados no volume Cor da população”.
Os pesquisadores que compunham o laboratório eram: Nelson do Valle Silva; Maria Celi Ramos da Cruz Scalon; Luiz Claudio Barcelos; Marta Aimée Rangel Batista e Olívia Maria Rodrigues Galvão; Denise Ferreira da Silva e Márcia Lima. Orientados por Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle e Silva, o objetivo dos pesquisadores no laboratório era realizar um diagnóstico do desempenho socioeconômico dos grupos raciais por ocasião do centenário da abolição, utilizando dados sobretudo do PNAD de 1987.
O CEAA foi responsável pela criação do primeiro curso de Pós-Graduação em história da África existente no Brasil, em 1996. O curso tinha como objetivo aperfeiçoar, atualizar e especializar profissionais da área das Ciências Humanas nos temas, metodologias e teorias da História da África e do Negro no Brasil. Contribuindo para a superação da reconhecida carência dos professores da educação básica no trato com os conteúdos dessa temática. Além de suscitar vocação de pesquisa em temas africanos e afro-brasileiros.
Destinava-se a professores das redes pública e privada de ensino, pesquisadores, profissionais liberais e ativistas sociais, interessados no aprofundamento da realidade africana e da história de africanos e afro-descendentes no Brasil.
Voltado aos estudos étnico-raciais, contava com a participação de docentes e estudantes de diferentes partes do Brasil. Baseava-se no intercâmbio acadêmico, com atividades de pesquisa, palestras e ofertas de disciplinas sobre relações raciais tanto para graduandos quanto para pós-graduandos.
Fábrica de Ideias, realizado sob a coordenação do Prof. Livio Sansone, o curso se estabeleceu como uma medida de ação afirmativa por cor e classe na pós-graduação. Seu intuito era promover a internacionalização do debate sobre as relações raciais através do convite à intelectuais pesquisadores estrangeiros renomados que vinham para o Brasil oferecer cursos para alunos, prevalentemente e não exclusivamente negros e de universidades distantes dos eixos centrais da academia brasileira, focando em alunos que tinham menos chance de trânsito e intercâmbio.
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Este Projeto foi financiado pela FAPERJ, por meio do Edital 29/2021, Apoio aos Programas e Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu do Estado do Rio de Janeiro (Processo E-26/210.966/2021), e do Edital 28/2021, Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Rio de Janeiro (Processo E-26/211.317/2021).