Para além do “Traduções”, o CEAA esteve empenhado na organização e editoração de obras originais, muitas delas desenvolvidas por pesquisadores que tiveram papel ativo na história do Centro. Citamos aqui algumas: “Economia Contemporânea em Moçambique” de Beluce Bellucci, “A armadilha” de Célia Nunes e o trabalho de compilação de produção intelectual “Escravidão e Relações Raciais no Brasil: Cadastro da Produção Intelectual (1970-1990)”, organizado por Luiz Claudio Barcelos, Olivia Gomes e Teresa Araújo.
Confira abaixo a lista completa.
BARCELOS, Luiz Claudio; GOMES, Olivia; ARAÚJO, Teresa. Escravidão e Relações Raciais no Brasil: Cadastro da Produção Intelectual (1970-1990). Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 1991.
BARRY, Boubacar. Senegâmbia: o Desafio da História Regional. Amsterdam/Rio de Janeiro: Sephis/Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2000.
BELLUCCI, Beluce. Introdução à história da África e da Cultura Afro-Brasileira. Rio de Janeiro: UCAM, Centro de Estudos Afro-Asiáticos/CCBB, 2003.
BELLUCCI, Beluce et al. Abrindo os Olhos para a China. Rio de Janeiro: Educam/Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2004.
Centro de Estudos Afro-Asiáticos: 25 anos. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, 1998.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro. São Paulo: Editora 34/Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.
MINTZ, Sidney; PRICE, Richard. O Nascimento da cultura Afro-Americana: Uma perspectiva antropológica. Rio de Janeiro: Editora Pallas e Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2003.
VALDÉS, Eduardo Devés. O Pensamento Africano Subsaariano: conexões e paralelos com o pensamento latino-americano e o asiático (um esquema). São Paulo: CLACSO/EDUCAM, 2008. (A apresentação deste livro é assinada pelo CEAA)
BELUCCI, Beluce. Economia Contemporânea em Moçambique: sociedade, linhageira, colonialismo, socialismo, liberalismo. Rio de Janeiro: Educam, 2007.
ALADAA. Congresso Internacional. Anais do X Congresso Internacional da ALADAA. Rio de Janeiro: Educam, 2001.
SILVA, Joselina da; PEREIRA, Amauri M. Olhares sobre a mobilização brasileira para a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerâncias.
WARE, Vron; RIBEIRO, Vera. Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Editora Garamond, 2004.
BOWEN, William G.; BOK, Derek. O curso do rio: um estudo sobre a ação afirmativa no acesso à universidade. Garamond, 2004.
TELLES, Edward. Racismo à Brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de Janeiro: Relume Dumará/Fundação Ford, 2003.
A obra Racismo à Brasileira: uma nova perspectiva sociológica, de Edward Telles, apresenta uma análise sociológica inovadora sobre as relações raciais no Brasil, integrando as dimensões vertical (desigualdade) e horizontal (sociabilidade) a partir de uma rigorosa análise de dados de recenseamentos nacionais. Diferenciando-se de estudos anteriores, a pesquisa documenta a discriminação racial para além da mera desigualdade, examinando temas como miscigenação, segregação residencial e o papel do Estado na perpetuação do racismo, além de traçar comparações com os Estados Unidos e a África do Sul. A tradução da obra para o português, que chegou a ser planejada para o selo AFRO, uma parceria do CEAA com a editora Garamond, foi finalmente lançada em 2003 pela editora Relume Dumará.
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Este Projeto foi financiado pela FAPERJ, por meio do Edital 29/2021, Apoio aos Programas e Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu do Estado do Rio de Janeiro (Processo E-26/210.966/2021), e do Edital 28/2021, Programa de Apoio a Projetos Temáticos no Rio de Janeiro (Processo E-26/211.317/2021).
Dentro do projeto de traduções do selo Afro e com financiamento da Fundação Ford, havia um plano de médio prazo para a publicação de diversas obras importantes. Entre os títulos cuja tradução estava planejada, encontravam-se Ação Internacional contra a Discriminação Racial, de Michel Banton, e Anthropologie du Carnaval: La Ville, la Fête et l’Afrique à Bahia, de Michel Agier.
Apesar do planejamento e da publicação de outros livros pelo selo, estes títulos específicos não chegaram a ser lançados. A continuidade do projeto de traduções tornou-se inviável devido a uma crise financeira que afetou a Universidade Candido Mendes (UCAM) e o próprio Centro de Estudos Afro-Asiáticos (CEAA), levando à interrupção da série de publicações.